Iniciada implantação da RCT-SC

A RCT-SC – Rede de Ciência e Tecnologia de Santa Catarina – é uma iniciativa da SDT – e seu objetivo é implantar o backbone de uma rede de computadores no Estado, para apoio as atividades de ensino, pesquisa e extensão.

A partir de 1996, deu-se início à implantação a Rede Catarinense de Ciência e Tecnologia (RCT-SC). Uma das primeiras ações na concretização de sua implementação foi a criação do Comitê Gestor da rede, composto por representantes da UFSC, UDESC, ACAFE, EPAGRI, SED, RNP e TELESC e pela coordenação da SDT. O projeto tinha o intuito de criar, assim como estava sendo feito pela RNP em âmbito nacional, o backbone da rede no Estado de Santa Catarina, possibilitando a conexão entre Instituições de Ensino Superior (IES) e Unidades de Pesquisa (UP), incluindo os polos geradores de conhecimento ao redor do Estado.

Na época, a concessionária de telefonia do Estado, , aderiu a iniciativa. Esta adesão foi essencial, dado que a entrada da TELESC, à iniciativa, previu um desconto de 70% no aluguel das linhas de comunicação, sendo que em contrapartida a TELESC poderia utilizar 20% dos roteadores para comercial. A motivação para o acordo partiu do princípio que a RCT-SC não interferiria nas atividades comerciais da TELESC por se tratar de um ente unicamente educacional. Por parte das IEPs (Instituições de Ensino e Pesquisa), era entendido que mais tempo seria necessário para levantar os fundos necessários para a implantar uma rede completamente própria.

O projeto foi viabilizado com recursos do Governo Estadual, , UFSC, , , dentre outros. Na época, foram adquiridos equipamentos de rede e vídeo conferência através de financiamento da FUNCITEC (Fundação de Ciência e Tecnologia do Estado de Santa Catarina) – atual FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). O investimento foi na ordem de R$1,5 milhões executados através de um edital internacional, além deste investimento, outro custo arcado foi o aluguel mensal na ordem de R$120.000,00 das linhas de transmissão. Atualmente, a RCT-SC continua sendo administrada pela FAPESC.

Além dos investimentos para aquisição de equipamentos e aluguéis de linhas de transmissão, o CNPq disponibilizou o total de 20 bolsas RHAE para formar o corpo técnico desta rede. UFSC e UDESC ficaram como responsáveis pela gerência da rede e suporte técnico inicial à implantação, enquanto as demais instituições tinham como responsabilidade administrar os seus pontos de presença, propiciar a capilaridade interna da rede e fomentar conexões regionais.

As primeiras conexões experimentais estabelecidas envolveram a SDTUDESC e a UFSC. Posteriormente, a rede alugada se expandiu possuindo a capacidade para 9 circuitos de 2 Mbps e 11 circuitos de 64 Kbps, utilizando protocolo de IP (Protocolo de ) sobre PPP (Protocolo Ponto-a-Ponto) e tecnologia de enlace LPCD (Linha Privativa de Comunicação de Dados). Estes circuitos permitiram construir o backbone da RCT-SC. A partir dos locais onde foram instalados os Pontos de Presença (PoP) da RCT, foram estabelecidas as conexões para as instituições que se interconectariam nesta rede.

Os PoPs que receberam o MUX também receberam equipamentos de video conferência.  Os MUX foram necessário para dividir parte da banda para a rede IP e parte para a rede de vídeo conferência pois esta não operava sobre IP e sim sobre canais dedicados que variavam entre 64 Kbps e 512 Kbps. Os equipamentos de vídeo conferência faziam parte do projeto Rede Catarinense de Ensino a Distância, liderado pelo LED/UFSC e que passou a fazer parte integrante do projeto da rede estadual RCT-SC.