A UFSC é a precursora do ingresso de Santa Catarina na rede BITNET (acrônimo para “Because It’s Time to NETwork” ou “Because It’s There NETwork“), que ocorreu em meados de 1989 através de uma conexão experimental discada com a FAPESP. Esta conexão abriu as portas da rede BITNET e permitiu aos pesquisadores e usuários efetuarem troca de dados/informações com seus pares ao redor do globo, que também tivessem acesso à BITNET. O acesso da UFSC à rede BITNET era feito através de uma única conta de e-mail, criada sob o domínio da FAPESP, a qual era “compartilhada” pelos usuários da UFSC, onde um profissional do NPD operava o serviço, recebendo em disquete os e-mails a serem transmitidos e separando os e-mails recebidos pelo seu assunto, que continha o destinatário, e fazia a sua entrega impressa ou em disquete.
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Nó de processamento vetorial e estações gráficas chegam para compor a redeUFSC
Em julho de 1990, a UFSC recebe o supercomputador CONVEX-C210, adquirido através da licitação internacional realizada em 1989 no contexto do projeto CTC/CFM. O equipamento entregue à UFSC, além do processamento vetorial, possuía uma CPU com um único processador e sistema operacional CONVEXOS, baseado no sistema UNIX BSD 4.2 de Berkeley capaz de suportar 4 processadores. Contava também com uma memória de 64 Mb, 5,4 Gb de disco, uma unidade de fita carretel e uma impressora com velocidade de 600 linhas por minuto. O CONVEX-C210 possuía 2 controladoras de terminais locais assíncronos com capacidade de ligação de até 16 terminais cada.
No processo de importação do CONVEX-C210 foi necessário obter a autorização do Departamento de Defesa Americano, visto que os computadores CONVEX em função de sua alta capacidade de processamento vetorial, poderiam ser utilizados para a realização de pesquisas relacionadas ao enriquecimento de urânio para propósitos militares.
Ainda em julho de 1990, a UFSC recebeu 20 estações de trabalho da SUN Microsystems, através de projeto do CNPq, que se tornam o marco inicial da utilização e disseminação do sistema operacional Unix no CFM, CTC e NPD. Em geral as estações de trabalho entregues pelo CNPq eram distribuídas em “kits”, composto por um servidor e duas estações “diskless“, conectadas através de uma rede local Ethernet/TCP/IP.
Instalação de Ponto de Presença da RNP marca inicio da Internet em Santa Catarina
No início de 1992, a UFSC recebe o Ponto de Presença da RNP em Santa Catarina (PoP-SC) e assim se torna a primeira instituição do estado a se conectar à RNP, estabelecendo conexões com Porto Alegre (UFRGS), Rio de Janeiro (LNCC) e Curitiba (Celepar), de acordo com o plano de conectar as capitais estaduais através do backbone nacional. Cada enlace implantado tinha capacidade de 9,6 Kbps, totalizando uma capacidade agregada de 28,8 Kbps. O protocolo de transporte utilizado foi o IP (Protocolo de Internet) utilizando a tecnologia de transmissão LPCD (Linha Privativa de Comunicação de Dados).
RMG – Rede Metropolitana Governamental
No ano de 1999, o CIASC em parceria com a FUNCITEC, dão início a construção da Rede Metropolitana Governamental (RMG) na região da Grande Florianópolis, com o objetivo de conectar órgãos da administração estadual dos poderes executivo, legislativo e judiciário.
A tecnologia empregada nesta rede é a Gigabit Ethernet e Fast Ethernet. Até o ano de 2005 esta rede já possuía 74 km de fibra lançados e 108 prédios interconectados.
PoP-SC implanta e disponibiliza conectividade IPv6
IPv6 (Internet Protocol versão 6) ou IPng (Internet Protocol next generation), é o novo protocolo que está em desenvolvimento para a substituição do atual IP, também chamado de IPv4. O motivo principal para o desenvolvimento do novo protocolo, foi o fato de o número de IP’s disponíveis estar se esgotando. O atual protocolo suporta “apenas” 2^32 (4.294.967.296) de endereços. Para a época que foi criado (década de 70) era um número mais que suficiente. Mas com a evolução e o crescimento exponencial da internet, esse número passou a ser insuficiente.
O IPv6 (protocolo IP versão 6), especificado em 1998 pela RFC 2460, foi ativado nos serviços internos do PoP-SC no ano de 2003 de forma nativa nos ativos de rede e servidores. A implantação utilizou o mecanismo de transição denominado pilha dupla onde os elementos de rede e servidores possuem os dois endereços (IPv4 e IPv6), o que representou o início da ativação do IPv6 no PoP-SC.
Os serviços inicialmente ativados foram:
- HTTP nos sites www.pop-sc.rnp.br, ipv6.pop-sc.rnp.br e espelho.pop-sc.rnp.br
- FTP para espelho.pop-sc.rnp.br
- SMTP par ao domínio: pop-sc.rnp.br
A proteção de perímetro foi realizada através de filtros sem controle de estado (ACLs) no switch camada 3 do PoP.
É importante ressaltar que nesta época o IPv6 estava em um estágio bem incipiente para os ativos de rede, onde a Cisco dominava no seu suporte. Muitos dos equipamentos de camada 3 não suportavam o protocolo e o IPv6 era disponibilizado através de elementos de camada 2 estendendo-se o segmento de rede até um dispositivo camada 3 com suporte à IPv6.