A partir de 1998, a UFSC amplia o uso da tecnologia de rede ATM (AsynchronousTransferMode) com implantação iniciada em 1995. A capacidade do backboneATM é ampliada de 155 Mbps para 622 Mbps. Entre 1998 e 2003 a tecnologia ATM foi amplamente adotada por parte da UFSC em sua rede local do Campus Reitor João David Ferreira Lima.
Diagramas da rede ATM presente na UFSC
Foram utilizadas as tecnologias de enlace ATM LANE(ATM Local Area Network Emulation), ATMClassicalIP e MPOA(Multi-Protocol Over ATM), que facilitavam a troca de dados em uma LAN (Local Area Network)através de um backboneATM. A tecnologia também possibilitava a integração da rede ATM com os protocolos LAN– Ethernet,TokenRing e TCP/IP.
A partir de 1998, a tecnologia de rede ATM (AsynchronousTransferMode) passa a ser utilizada para interconectar redeUFSC,PoP-SC e RCT-SC. OPoP-SC nesta época implanta o ATM em sua rede local. A RCT-SC inicia a implantação do ATM neste ano em sua rede.
Diagramas das redes ATM na UFSC e região metropolitana de Florianópolis (1998 e 2003)
Foram utilizadas as tecnologias de enlace ATM LANE(ATM Local Area Network Emulation), ATMClassicalIP e MPOA(Multi-Protocol Over ATM), que facilitavam a troca de dados em uma LAN (Local Area Network)através de um backboneATM. A tecnologia também possibilitava a integração da rede ATM com os protocolos LAN – Ethernet,TokenRing e TCP/IP.
No ano de 1998, o PoP-SC representado pela UFSC, solicita à ARIN (American Registry for Internet Numbers) o ASN (Sistema Autônomo de Internet). A solicitação do ASN tinha por objetivo separar o tráfego acadêmico do comercial e possibilitar uma melhor conectividade entre a RNP e RCT-SC. Na época, os termos da solicitação encaminhados à ARIN pelo coordenador de redes da UFSC e PoP-SC, foram:
The Federal University of Santa Catarina (UFSC) receive the Point of Presence of RNP (Brazilian Research Network) in the Santa Catarina State (POP-SC). At the moment the POP-SC belong to the AS 1916 and have connections with the AS 8167 – TELESC, with the AS 10715 – RCT-SC and With the AS 10875 – POP-RS and others.
In the next months the RNP (Brazilian Research Network) pretend divide the academic traffic and commercial traffic. In this perspective the POP-SC and UFSC are creating one routing policy with two main objectives:
1) Optimize Internet traffic with direct connected networks (AS);
2) To separate commercial and academic traffic in the manner that only academic traffic go to RNP ;
In order to this policy can be implemented is necessary allocate one ASN for the POP-SC.
Nesta época, as solicitações de recursos de ASN eram realizadas diretamente à ARIN através de um formulário próprio, que requeria informações sobre a entidade solicitante, informações sobre o roteamento, endereços de rede, dentre outras informações, que deveria ser encaminhado como parte do processo para obtenção do Número de Sistema Autônomo. Existia uma taxa de adesão e manutenção anual do sistema autônomo que era paga diretamente à ARIN. Posteriormente, foi criado oLACNICpara representar os países da América Latina e Caribe, e com isso, os ASNs foram transferidos da ARIN para sua administração. A partir de então houve a decisão de isentar o pagamento pelos recursos de ASN e numeração para entidades de educação e pesquisa o que incentivou o uso para instituições finais.
Formulário que foi enviado a ARIN com o “invoice” de pagamento da taxa adesão
Ainda no ano de 1998, a solicitação de recursos de ASN foi realizada com sucesso e o PoP-SC recebeu o ASN 11242 para utilizar inicialmente para alocar os serviços comerciais. Logo após receber o ASN, o PoP-SC o implanta em sua infraestrutura utilizando o protocolo de roteamento BGP. Em Santa Catarina, já existia o ASN 10715 que era utilizado para as instituições de ensino e pesquisa.
No ano de 2017, ambos os recursos ainda são utilizados. O ASN 11242 está sendo utilizado somente para o PoP-SC operar a rede e seus serviços, além de ter a função principal de AS de transito para todas as universidades conectadas ao PoP-SC. Já o ASN 10715 é utilizado para rotear os blocos IPs200.135/16, 200.18/20 e 200.19.96/20 de uso compartilhado entre as instituições de Santa Catarina que não se tornaram um sistema autônomo ou estão em fase de transição.
A adoção de sistemas autônomos é fomentada pelo PoP-SC, principalmente através de seus Workshops de Tecnologia de Redes (ações diretas nas edições de 2012 e 2014), além de outras ações como palestras, treinamentos e suporte para convencer da importância do seu uso. Percebe-se que estas ações de fomentação estão sendo efetivas, dado que em 2017 já se tem uma adesão de 43% das Instituições qualificadas pela RNP em 2017. Em setembro de 2017 o ASN 11242 faz transito para 13 ASNs, possui 2 provedores de transito (RNP e FAPESC) e 1 conexão de Peering com o IX.br.
No ano anterior, 1997, no mês de outubro, a RNP e o Protem lançaram com o apoio do CNPq o edital “Projetos de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade” para promover a criação de infraestrutura e serviços de rede de alta velocidade em diversas regiões do país. Tratava-se do primeiro passo para a implantação do novo backbone RNP2.
Este edital resultou na formação de 12 consórcios trabalhando através do Projeto RMAV – Redes Metropolitanas de Alta Velocidade em diversas frentes de aplicação de redes de alta velocidade, com o objetivo de alavancar a introdução e o desenvolvimento local de aplicações sofisticadas, com uso intensivo de recursos interativos e multimídia e também para capacitar recursos humanos na perspectiva de operar e apoiar o desenvolvimento de redes baseadas em tecnologias de última geração.
Vídeo de divulgação da RMAV-FLN
Em setembro de 1998 é submetido o projeto para a criação da Rede Metropolitana de Alta Velocidade de Florianópolis (RMAV-FLN) por meio de uma parceria entre UFSC,UDESC,TELESC,EPAGRI/CLIMERH. O projeto foi submetido em resposta ao edital da RNP e ProTem (Programa Temático Multiinstitucional em Ciência da Computação)/CNPq de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade – RNP/Internet2. A coordenação do projeto na UFSC ficou a cargo do NURCAD/UFSC (Núcleo de Redes de Alta Velocidade e Computação de Alto Desempenho).
Apresentação RMAV-FLN
Em 1999 o projeto é aprovado e a RMAV-FLN é construída como uma rede experimental para aplicações avançadas, com capacidades entre 155 Mbps e 622 Mbps no backbone e entre 25 Mbps e 155 Mbps no acesso. A rede utilizava tecnologias de enlace ATM LAN Emulation, ATM Classical IP e MPOA. A rede foi projetada de maneira a integrar as redes das instituições participantes, promovendo melhorias na qualidade dessas redes.
Diagramas da RMAV-FLN em 1999
No total o projeto RMAV-FLN teve uma duração de26 meses, entre abril de 1999 e maio de 2001. Após o término do projeto, as instituições permaneceram conectadas, porém não foram realizados mais experimentos. Os principais resultados do projeto foram:
Implantação e operação da Rede Metropolitana de Alta Velocidade de Florianópolis;
Criação de estrutura e condições para administrar a rede de forma eficiente e segura;
Realização de experimentos em aplicação de multimídia distribuída; e
Capacitação de pessoal e instituições para operar, gerenciar e implementar melhorias em redes de tecnologia ATM.